Subordinação entre frases:
Orações subordinadas – esquematização
Tipo
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Conjunções /
Pronomes
(locuções conjuncionais)
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Exemplos
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Substantiva
(são sujeito ou complemento de um verbo, nome ou
adjetivo)
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Completiva
(completam a estrutura
argumental)
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Conjunções: que,
se, para
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O Luís disse que desejava cantar.
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Relativa
(são introduzidas por pronomes relativos)
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Pronomes: quem, o que, onde, quanto
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O Luís procura quem o ajude na escola.
O Pedro pede dinheiro a quem tiver.
O avô precisa de quem cuide dele.
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Adjetiva
(desempenham uma função sintática própria de um
adjetivo)
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Relativa
Restritiva
(desempenham a função sintática de modificador
restritivo)
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pronome relativo que
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Tenho medo de animais que rastejam.
As flores que me deste cheiram bem.
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Relativa explicativa
(desempenham a função sintática de modificadores apositivos)
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pronomes relativos: que, quem, o
qual (os quais, a qual, as quais), cujo (cujos, cuja, cujas), quanto (s), quanta (s) e onde (separados do antecedente por vírgulas)
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A nossa História, que é um fator de identidade, devia ser bem estudada.
Os filhos de D. João I, cujos nomes já esqueci, são conhecidos pelo epíteto de
«ínclita geração».
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Adverbial
(desempenham a função sintática de modificador
da frase ou do grupo verbal)
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Causal
(relação de causa)
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porque, pois, como,
visto que, uma vez que,
já que,...
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Ele não foi à escola, porque está doente.
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Temporal
(relação de tempo)
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quando, enquanto, mal, apenas, sempre que,
antes que, logo que, depois que, até que,...
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Por favor, descasca as batatas, enquanto eu
ponho a mesa.
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Final
(indicam finalidade)
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que, para que,
a fim de que
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Vieram para ver o filme.
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Concessiva
(indicam uma concessão)
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embora, conquanto que,
ainda que, apesar de,
mesmo que, posto que,...
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Mesmo arrumada, a casa parece um caos.
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Condicional
(indicam uma condição)
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se, a não ser que, salvo se,
desde que, a menos que, exceto se, ...
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Se comeste chocolate, tinhas fome.
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Comparativa
(indicam uma comparação)
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como, conforme,
segundo, qual, quanto,
mais... (do) que,
bem como, assim como,...
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Ela dança tão bem como canta.
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Consecutiva
(relação de consequência)
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que, de maneira que, de modo que, de forma que, de sorte que,...
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Correu tão depressa que tropeçou.
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1.
Oração subordinada substantiva
Oração subordinada que é sujeito ou complemento
de um verbo (i), nome (ii) ou adjetivo(iii).
Exemplos:
(i)
(a) O Manuel quer
[comer bolo].
- a oração substantiva é complemento
direto do verbo “querer”
(b) Surpreende-me
[que esteja a chover].
- a oração substantiva é sujeito do verbo “surpreender”
(ii) A
decisão [de invadir aquele país] foi absurda.
- a oração substantiva é complemento do nome "decisão"
(iii) Esta porta é fácil [de abrir]
- a oração substantiva é complemento do adjetivo "fácil".
1. Oração subordinada substantiva completiva
Oração subordinada substantiva que é sujeito
ou complemento de um verbo, nome ou adjetivo, podendo ser
introduzida pelas conjunções
subordinativas completivas "que" (i), "se" (ii) e "para" (iii).
As subordinadas substantivas completivas podem
ser finitas ou não finitas (iv), consoante o verbo se encontre numa forma verbal finita [todas as formas
verbais à exceção das do infinitivo, gerúndio e particípio] ou não finita.
Exemplos:
(i) O Luís disse [que desejava cantar].
(ii) A mãe perguntou [se queremos jantar já].
(iii) A professora pediu [para sair mais tarde].
(iv) O Manuel afirmou [adorar música
chilena].
2. Oração subordinada substantiva relativa
Oração subordinada substantiva que é
introduzida por pronomes relativos como
os listados em (i)
e que pode ocorrer no mesmo contexto em que
ocorrem constituintes que desempenham as funções sintáticas de sujeito (ii),
de complemento direto (iii),de complemento indireto
(iv),de complemento oblíquo (v) e de modificador do grupo
verbal (vi).
As subordinadas substantivas
relativas podem ser finitas ou não finitas, consoante
o verbo se encontre numa forma verbal finita ou não
finita.
Exemplos:
(i) quem,
o que, onde, quanto.
(ii) [Quem
vai ao mar] perde o lugar.
(iii) O Luís procura [quem o ajude na escola].
(iv) O Pedro pede dinheiro a [quem tiver].
(v) O avô precisa de [quem cuide dele].
(vi) Ela compra roupa [onde calha].
2.
Oração subordinada adjetiva
Oração subordinada que desempenha uma função
sintática própria de um adjetivo, conforme (i) e (ii).
As orações subordinadas adjetivas apresentadas nos
exemplos exercem a função sintáctica de modificadores restritivos (iii)
e apositivos (iv).
As subordinadas adjetivas podem
ser relativas ou gerundivas (ver nota 1).
Exemplos:
(i) Os alunos [que estudam] têm bons
resultados.
(ii) Os alunos [estudiosos] têm bons
resultados.
- nas frases (i)
e (ii), a relativa "que estudam" e o adjetivo
"estudiosos" estão a modificar o nome "alunos".
(iii) Os homens [que assaltaram a minha casa]
eram assustadores.
(iv) Os homens, que são mamíferos, têm
semelhanças com os chimpanzés.
Notas:
1. Algumas orações gerundivas são subordinadas adjetivas, uma vez que
desempenham a função de modificadores do nome (v):
Ex. Os livros [contendo erratas] devem ser postos fora do mercado.
- A gerundiva
está a modificar o nome "livros".
Oração subordinada adjetiva relativa
Oração subordinada adjetiva que é introduzida
por um pronome relativo associado a um antecedente [Antecedente
é a expressão lexical a que o pronome relativo está associado e que é modificada
pela oração relativa].
Os pronomes relativos não
têm referência autónoma e é a relação com o antecedente que permite a
identificação do seu referente (cf. (i) e (ii)).
Exemplos:
(i) Os alunos [que são inteligentes] não precisam de estudar tanto.
-"os alunos" é o antecedente do pronome
relativo "que".
(ii) Os alunos [a quem negaram explicações] têm o direito de repetir os exames.
-"os alunos" é o antecedente do pronome
relativo "quem".
1. Oração subordinada adjetiva relativa restritiva
Oração subordinada adjetiva relativa, introduzida
pelas palavras relativas em (i), que tem a função de restringir a
informação dada sobre o antecedente, ou seja, de identificar a parte ou a
entidade precisa do domínio denotado pelo antecedente (ii).
As relativas restritivas desempenham a função
sintáctica de modificador restritivo (iii).
Exemplos:
(i) "que",
"quem", "o qual" ("os quais",
"a qual", "as quais"), "cujo" ("cujos", "cuja",
"cujas"), "quanto"
("quantos", "quantas") e "onde".
(ii) Os poemas [que foram escritos por Neruda] são património da
humanidade
= do conjunto de todos os poemas, o subconjunto
constituído pelos da autoria de Neruda é património da humanidade.
(iii) Os meus alunos [que estudam] têm boas notas.
= do conjunto de todos os meus alunos, têm boa
nota os que estudam.
2. Oração subordinada adjetiva relativa explicativa
Oração subordinada adjetiva relativa, introduzida
pelas palavras relativas em (i), que contribui com informação
adicional sobre o antecedente.
Nas frases com relativas explicativas,
a denotação do antecedente do pronome
relativo é a mesma, independentemente da presença da relativa, como a
comparação entre (ii) e (iii) mostra.
As relativas explicativas desempenham a função
sintática de modificadores apositivos (iv).
Algumas relativas explicativas são introduzidas
por um pronome relativo que retoma
semanticamente o conteúdo de uma frase, desempenhando, nesses casos, a função
de modificadores da frase (v).
Exemplos:
(i) "que",
"quem", "o qual" ("os quais",
"a qual", "as quais"), "cujo" ("cujos", "cuja",
"cujas"), "quanto"
e "onde".
(ii) A literatura, [que é imortal], encanta os estudantes.
= o conjunto de todas as entidades denotadas como
literatura é imortal e encanta os estudantes.
(iii) A literatura encanta os estudantes.
= o conjunto de todas as entidades denotadas como
literatura encanta os estudantes)
(iv) O escritor, [que nasceu no Brasil], ganhou o prémio Nobel.
- a relativa está a modificar o nome "o
escritor".
(v) O escritor ganhou o prémio Nobel, [o que envaideceu a sua família].
- a relativa está a modificar toda a frase que a
antecede, exprimindo uma propriedade que qualifica o evento descrito pela
frase subordinante, ou seja, a propriedade "envaidecer toda a
família" modifica o evento "o escritor ter ganho o prémio
Nobel")
Notas:
1. As relativas explicativas podem ser
parafraseadas por qualquer modificador apositivo, como se verifica em
(vi) e (vii). Por essa razão, as explicativas
são também denominadas apositivas.
Exemplos:
(vi) A literatura, [que é imortal], encanta os estudantes.
(vii) A literatura, [arte imortal], encanta
os estudantes.
3.
Oração subordinada adverbial
Oração subordinada que desempenha a função sintática de modificador da frase ou do grupo verbal.
Exemplos:
-
Subordinadas adverbiais que modificam o grupo verbal:
(i) Usavas o cabelo comprido [quando te conheci].
(ii) Queria convidar-te a ir a minha casa [para te
mostrar as fotografias].
-
Subordinadas adverbiais que modificam a frase:
(iii) A Teresa perde outro ano, [se não estudar].
(iv) A Teresa consegue passar, [embora não
estude].
1. Oração subordinada adverbial causal
Subordinada adverbial que exprime a razão, o
motivo (a causa) do evento descrito na subordinante ou que apresenta uma
justificação para o que é expresso na subordinante.
As subordinadas causais podem
ser finitas ou não finitas.
Exemplos:
Subordinadas
causais finitas:
(i) [Como a Maria estava doente], o João
não quis sair.
(ii) Vem depressa para casa, [porque o jantar
está na mesa].
Subordinadas
causais não finitas:
-
Infinitivas:
(iii) Eles não vêm à festa [visto estarem com sarampo].
(iv) [Por perder
o comboio], chegou três horas atrasada.
(v) [À força de insistir], consegui a informação.
-
Participial:
(vi) [Descoberta a epidemia de sarampo], a
população foi posta de sobreaviso.
= a população foi posta de sobreaviso, visto ter sido
descoberta a epidemia de sarampo.
-
Gerundiva:
(vii) [Estando
os miúdos com sarampo], é possível que os pais não venham à festa.
= é possível que os pais não venham à festa, visto
que os miúdos estão com sarampo.
2. Oração subordinada adverbial temporal
Subordinada adverbial que estabelece
a referência temporal em relação à qual
a subordinante é interpretada.
As subordinadas temporais podem ser
finitas ou não finitas.
Exemplos:
Subordinadas temporais finitas:
(i) [Quando
acabar o trabalho], vou ao cinema.
(ii) A Teresa,
[assim que acabou o trabalho], foi ao cinema.
Subordinadas temporais não finitas:
- Infinitiva:
(iii) [Até acabares o trabalho], a nossa vida
vai ser complicada.
- Participiais:
(iv) [Uma
vez conquistada a cidade], as tropas partiram.
(v) [Batidas
as claras], deve juntar-se a baunilha.
- Gerundivas:
(vi) [Tendo devorado uma caixa de
chocolates], acabei o trabalho.
(vii) [Chegando a casa],
cruzei-me com a minha prima.
(viii) [Em
chegando a casa], telefono-te.
3. Oração subordinada adverbial final
Subordinada adverbial que exprime o propósito, a intenção (finalidade) da
realização da situação descrita na subordinante.
As subordinadas finais podem
ser finitas ou não finitas.
Exemplos:
Subordinada
final finita:
(i) [Para que a minha filha ficasse contente],
convidei o Pedro.
Subordinada
final não finita:
- Infinitiva:
(ii) Vieram [para ver o filme].
4. Oração subordinada adverbial concessiva
Subordinada adverbial que transmite uma
ideia de contraste face a um pressuposto expresso ou implícito na
subordinante.
Estas subordinadas podem ter valores factuais
((i), (iii)) ou condicionais (ii).
Nota: Concessão
= ato ou efeito de conceder. Conceder
= consentir, permitir. Por ex., o que se concede num debate ou discussão.
Exemplos:
Subordinadas
concessivas finitas
(i) A Maria, [embora tenha fome], não é
capaz de comer.
(ii) [Mesmo se tiver fome], não serei capaz
de comer.
Subordinadas
concessivas não finitas:
Infinitiva:
(iii) [Apesar de ter fome], a Maria não é
capaz de comer.
Gerundiva:
(iv) [Mesmo gostando de feijoada], hoje não
vou a tua casa.
Participial:
(vi) [Mesmo arrumada], a casa parece um
caos.
5. Oração subordinada adverbial condicional
Subordinada adverbial que exprime a condição em que se verifica o facto
expresso pela proposição contida na subordinante.
Do ponto de vista semântico, as condicionais podem
ser classificadas em três tipos: factuais ou reais; hipotéticas; contrafactuais
ou irreais.
Exemplos:
Subordinadas
condicionais finitas:
(i) [Se comeste chocolate], tinhas fome. (factual)
(ii) [Se comer chocolate], fico com
alergia. (hipotética)
(iii) [Se comesse chocolate], ficaria com
alergia. (contrafactual)
Subordinada
condicional não finita:
-
Infinitiva:
(iv) [A acreditar no que ele diz], ela
mentiu. (hipotética)
-
Participial:
(v) [Destruídos os moldes], não será
possível reconstruir a peça. (hipotética)
-
Gerundiva:
(vi) [Participando nessa exposição],
estarás lançado como artista. (hipotética)
As condicionais podem ser utilizadas para veicular
outros valores semânticos, como dúvida (i) ou alternativa (ii):
(i) Se és tão amigo dele, empresta-lhe o dinheiro.
(ii) Se havia de ficar em casa, fui antes para o
cinema.
6. Oração subordinada adverbial comparativa
Subordinada adverbial que expressa o grau
e que, por essa razão, é considerada uma construção de graduação (tal
como acontece com as subordinadas consecutivas).
As subordinadas comparativas são frequentemente construções
elípticas, isto é, construções em que algo está elidido, nomeadamente,
a forma verbal ou o grupo verbal na oração subordinada.
Exemplos:
(i) O meu bolo é mais doce [do que o teu].
= do que o teu é doce.
(ii) Esta casa é mais bonita [do que a outra].
= do que a outra é bonita.
(iii) Ela dança tão bem [como canta].
(iv) Ela está a envelhecer mais [do que a
própria mãe].
= do que a própria mãe está a envelhecer.
(v) A Rute comprou mais discos [do que livros].
= do que comprou livros.
(vi) Ele nada mais [do que eu corro].
As subordinadas comparativas diferem claramente dos outros tipos de subordinadas adverbiais,
já que:
(a) muitas vezes, parecem relacionar-se especificamente com
um elemento da subordinante e
não com toda a subordinante;
(b) não têm geralmente
muita mobilidade na frase:
(vii) Comprei mais livros
[do que tu].
(viii) *[Do que tu],
comprei mais livros.
7. Oração subordinada adverbial consecutiva
Subordinada adverbial que exprime a consequência de um facto apresentado
na subordinante; em alguns casos, exprime-se a consequência do grau em se verifica dado facto
apresentado na subordinante. Na medida em que podem exprimir o grau, as
consecutivas são, como as comparativas, consideradas construções de graduação.
Nota: Consecução = ato ou efeito de
conseguir. Consecutivo = sucessivo;
que se segue imediatamente.
Exemplos:
Subordinadas consecutivas finitas:
(i) Ele é tão
gordo [que partiu a
cadeira].
(ii) A festa
foi tal [que durou até de
madrugada].
(iii) Correu
tão depressa [que tropeçou].
(iv) Comi tanto
ao almoço [que acho que
não vou jantar].
Subordinada consecutiva não finita:
- Infinitiva:
(v) Ele foi
estúpido [a ponto de
deixar a escola].
As subordinadas consecutivas diferem claramente dos outros tipos de subordinadas adverbiais,
já que:
(a) muitas vezes, modificam especificamente um elemento da
subordinante e não toda a subordinante;
(b) não têm geralmente
muita mobilidade na frase:
(i) Ele é tão grande [que
bate com a cabeça nas portas].
(ii) *[Que bate com a
cabeça nas portas], ele é tão grande.